terça-feira, 18 de maio de 2010

Civilização de África Negra

Introdução

Este trabalho refere-se à civilização da África Negra.
O que a maioria das pessoas sabe sobre esta civilização é o que ocorreu há alguns séculos atrás, durante a época da escravatura. Este trabalho refere-se a esse tema na parte da História. Neste trabalho também falamos da sua língua, religião e costumes, bem como da sua localização.
É importante sabermos, pelo menos, um pouco desta cultura e desta civilização para conhecermos e aprendermos mais um pouco e, possivelmente, poderá esclarecer alguma dúvida ou alguma questão que se tenha acerca desta cultura e, muito provavelmente, poderá vir a ser interessante e impressionante. Para além disto poderá facilitar o estudo da matéria sobre este tema.
Este trabalho irá ser apresentado oralmente para toda a turma e em slides, em PowerPoint. Cada elemento do grupo irá apresentar, pelo menos, uma parte do tema. O trabalho irá demorar, provavelmente, quinze minutos (oralmente), sem ter em conta a apresentação em PowerPoint.

Desenvolvimento

História

Mesmo antes da chegada dos traficantes de escravos europeus, os árabes já praticavam o comércio de pessoas de raça negra. As guerras tribais africanas, por sua vez, favoreciam esse tipo de comércio, pois a tribo derrotada era vendida aos mercadores de escravos. Os escravos eram vendidos e eram obrigados
Desde o século XV até metade do século XIX, os navegantes europeus viam África apenas como uma reserva de mão-de-obra escrava, que era extraída e exportada pelos comerciantes. Os traficantes de quase todas as nacionalidades montavam feitorias no litoral de África. Com o aumento da procura por mão-de-obra escrava, os mercadores europeus, motivados pela instalação de colónias agrícolas na América, associavam-se militar e financeiramente com sobas, ou seja, com chefes das tribos africanas, que viviam na costa marítima, dando-lhes armas, pólvora e cavalos para que mostrassem a sua autoridade na maior quantidade de território possível. Os prisioneiros das guerras tribais eram encarcerados em barracões, onde ficavam à espera da chegada dos navios de escravos que os levariam como carga humana pelas rotas transatlânticas.
Desta forma a África Negra foi inserida no comércio triangular, basicamente como fornecedora de mão-de-obra escrava para as colónias americanas. Os escravos eram empregados como “carvão humano” nas grandes plantações de açúcar e tabaco que se espalhavam da zona do leste do Brasil até as colónias do Sul dos Estados Unidos. Quem não cumprisse as ordens era castigado.
A Europa trocava os seus produtos (armas, pólvora, tecidos, ferros e rum) por mão-de-obra vinda da África. Os escravos eram a moeda com que os europeus pagavam os produtos vindos da América para não precisarem de gastar os metais preciosos. Os escravos tinham, sob ponto de vista económico, uma dupla função: o valor de troca (dinheiro) e o valor de uso (força de trabalho).
Em 1848, as colónias francesas aboliram a escravidão. Nas colónias inglesas, a abolição da escravatura deu-se em 1834, que libertou 776 mil pessoas. Devido à pressão inglesa, o Brasil também a aboliu em 1850, mas continuou a receber escravos clandestinamente.
Chegaram a ser transportados, aproximadamente, 20 milhões de escravos. O apogeu deu-se entre 1750 e 1820, sendo transportados, em média, 60 mil por ano. O tráfico foi o principal responsável pelo vazio demográfico que ocorreu na África no século XIX.
Quando a população de África começou a ficar muito baixa, as colónias europeias começaram a interessar-se no território africano. A conquista da África foi difícil devido à forte resistência nativa. Os colonizadores começaram a combater as doenças tropicais que dificultavam a vida dos europeus através do saneamento e da difusão da higiene. A África era temida pelas doenças tropicais: a febre-amarela, a malária e a doença do sono, assim como a lepra.
A independência só começou a surgir em África em 1956. O primeiro país do Continente Negro a conseguir a independência foi o Ghana, em 1957. Havia dois tipos de processos de descolonização africanos. As regiões que não tinham nenhum produto valioso, como o cobre, o ouro, as pedras preciosas ou o petróleo, conseguiam facilmente a sua independência, obtendo-a negociando pacificamente. Pelo contrário, as regiões que tinham um daqueles produtos valiosos, explorados por grandes companhias, tiveram uma situação diferente. Nessas regiões os colonialistas opuseram-se à independência, de maneira que ocorreram movimentos guerrilhas para os expulsar.
Em África nunca tinha havido estados nacionais, mas sim impérios, dinastias governantes, milhares de pequenos chefes e régulos tribais. Nunca existiram estados nacionais porque havia uma enorme dificuldade em as elites africanas constituírem os seus países. Havia uma grande diferença política e social, devido à existência de uma infinidade de etnias, de tribos, de diferentes grupos linguísticos, e de castas profissionais. A independência provocou o regresso de antigos ódios tribais, provocando violentas guerras civis. Essas lutas geraram uma crónica instabilidade em grande parte do Continente que contribuiu para afastar os investimentos necessários ao seu progresso.

Língua

Na África do Sul, as línguas berbere, zulu e xhosa abrangem cerca de 75% da população, sendo as mais usadas. Na Etiópia o amárico é a língua principal.
Até aos dias actuais, a região do Sahara é uma área de cruzamento entre populações oriundas do norte e as vizinhas da África Negra. Nessa região existem quatro grandes grupos:
 Pigmeus: constitui o grupo mais antigo, embora o menor, sendo cerca de 150 mil que habitam da floresta equatorial, dos Camarões ao Congo-Zaire;
 Khoisan: encontram-se na Namíbia, no Botsuana e na África do sul. São conhecidos como bosquímanos e habitam, sobretudo o deserto do Calaári como nómadas caçadores;
 Sar ou Hotentotes: população pastoril de aproximadamente 200 mil pessoas. Diferentes dos pigmeus, não são considerados negróides;
 Negróides: constituem cerca de 70% da população do continente. Podem ser divididos em três grupos linguísticos:
• Nilóticos: Habitam a região nilótica do continente;
• Sudaneses: Predominam em todo o território oeste africano, chamado pelos árabes de Sudão “terra dos negros”. É uma região que se estende do Senegal até o leste do rio Níger, e não deve ser confundida com o país chamado Sudão, situado na região nilótica;
• Bantos: Caracterizam-se por todos utilizarem o sufixo -ntupara, designando o ser humano. O prefixo ba- designa o plural. Daí a palavra bantu (pessoas), aportuguesada para banto. Ocupam uma vasta área do centro e do sul do continente. Aproximadamente, 70% dos afro-descendentes do Brasil têm ascendência banta, com predominância na região Angola – Congo.

Religião

A Religião na África é variada. A maioria dos africanos é adepta do cristianismo e islamismo. Muitos também praticam as religiões tradicionais africanas. Estas religiões são frequentemente adaptadas aos contextos culturais indígenas e sistemas de crença ou fazem sincretismo paralelamente cristianismo e islamismo.

Cristianismo
O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do islão, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica.
Já existia na África por mais de dois milénios, especialmente no Magreb. Durante o período colonial, o catolicismo, o evangelismo e o pentecostalismo também chegaram à África negra. Nos tempos modernos, foi firmemente estabelecido o cristianismo na África, especialmente na África central, sul e leste e em torno do golfo da Guiné-Bissau.

Judaísmo
Existem várias comunidades africanas adeptas do judaísmo dispersas por todo o continente Africano, incluindo o Beta Israel da Etiópia, o Abayudaya de Uganda, a Casa de Israel no Gana e os Lemba da África Austral.

Hinduísmo
 A história do hinduísmo na África é relativamente recente, em comparação com a história do Islão, o Cristianismo ou Judaísmo. No entanto, a presença dos seus praticantes na África remonta aos tempos pré-coloniais, até a época medieval.

Religião tradicional
 A tradicional religião africana engloba uma grande variedade de crenças tradicionais. Tradicionais costumes religiosos são, por vezes, partilhada por muitos africanos, mas são geralmente exclusivos para grupos étnicos específicos. Muitos africanos cristãos e muçulmanos mantém alguns aspectos das suas religiões tradicionais.

Costumes Africanos

A África é um continente de grande variedade cultural que se vê fortemente ligada à cultura brasileira.
Os africanos admiram muito a moral e acreditam até que esta é bem semelhante à religião. Acreditam também que o homem precisa de respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, cheias, doenças, pestes, morte, etc. Não utilizam textos nem imagens para se basearem, mas fazem os seus rituais a partir do conhecimento repassado através de gerações antigas.
Os seus rituais são realizados em locais determinados com orações comunitárias, danças e cantos que podem ser divididos em: momentos importantes da vida, integração dos seres vivos e a passagem da vida para a morte. Na economia, trabalham principalmente na agricultura, mas também se dedicam à criação de gado e de instrumentos artesanais. Apesar do primeiro contacto africano com os brasileiros não ter sido aceitável, estes transmitiram vários costumes como:
- A capoeira, que chegou na época da escravização e era utilizada na África como luta defensiva, já que não tinham acesso a armas de fogo;
- O candomblé que também marca a sua presença no Brasil, principalmente no território baiano onde os escravos antigamente eram desembarcados;
- A culinária recebeu grandes novidades africanas, como o leite de coco, óleo de palmeira, azeite de dendê e até a feijoada, que se originou no período em que os escravos misturavam restos de carne para comerem.

Localização

Os nomes dos países de África Negra, por ordem alfabética, são: Angola; Benin; Botswana; Burkina Faso; Burundi; Camarões; Chade; Comores; Congo; Costa do Marfim; Djibouti; Eritreia; Etiópia; Gabão; Gana; Guine; Guine Equatorial; Guiné-Bissau; Libéria; Malawi; Mali; Moçambique; Namíbia; Níger; Nigéria; Quénia; República Centro-Africana; República Democrática do Congo; Ruanda; São Tomé e Príncipe; Serra Leoa; Somália; Sudão; Tanzânia; Togo; Uganda; Zâmbia e Zimbabwe.

Conclusão
Com este trabalho pretendemos dar a conhecer mais um pouco esta civilização e mostrar que a cultura da África Negra é bastante rica e grande, e, como em tempos não se pensou, que as pessoas que lá vivem não são mão-de-obra escrava, que têm sentimentos, pensamentos e sensações como nós, e que são pessoas como nós. Por serem de uma etnia diferente isso não as torna diferentes na maneira como são em relação a nós (que somos de uma etnia diferente). Felizmente, essas ideias já não existem, mas continua a haver racismo e discriminação, e até mesmo conflitos. O que se devia esperar do futuro era que isso mudasse e que todas as pessoas se considerassem iguais, e que tivessem os mesmos direitos, tornando o mundo um lugar melhor para viver.

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